25.2.06

Confissão

Que dizer?

Em 2005 os confessionários da Cova da Iria bateram o recorde de afluência dos últimos cinco anos.
Segundo dados revelados pela reitoria do Santuário, o sacramento da reconciliação foi procurado por 187 122 pessoas, só no ano passado. Este índice de confissões foi o mais alto desde o ano 2000, verificando-se um aumento de 10 824 crentes confessados em relação a 2004.
Que se passa nas paróquias?
Será que as pessoas voltaram de novo à confissão?

16.2.06

A canção do irmão

A Força do Amor


Como qualquer mãe, quando Karen soube que estava grávida, fez todo o possível para ajudar o seu outro filho, Micael, com cinco anos de idade, a se preparar para a chegada. Os exames mostraram que era uma menina, e todos os dias Micael cantava perto da barriga de sua mãe. Ele já amava a sua irmãzinha antes mesmo dela nascer.
A gravidez decorreu normalmente.
No tempo certo, vieram as contracções. Primeiro, a cada cinco minutos; depois a cada três; então, a cada minuto uma contracção. Entretanto, surgiram algumas complicações e o trabalho de parto de Karen demorou horas. Todos discutiam a necessidade provável de uma cesariana.
Até que, enfim, depois de muito tempo, a irmãzinha de Michael nasceu. Só que ela estava muito mal. Com a sirene no último volume, a ambulância levou a recém-nascida para a UTI neonatal do Hospital Saint Mary.
Os dias passaram. A menininha piorava. O médico disse aos pais: "Preparem-se para o pior. Há poucas esperanças". Karen e seu marido começaram, então, os preparativos para o funeral.
Alguns dias atrás estavam arrumando o quarto para esperar pelo novo bebé. Hoje, os planos eram outros. Enquanto isso, Micael todos os dias pedia aos pais que o levassem para conhecer a sua irmãzinha."Eu quero cantar pra ela", dizia ele. A segunda semana de UTI entrou e esperava-se que a bebé não sobrevivesse até o final dela.

Micael continuava insistindo com seus pais para que o deixassem cantar para sua irmã, mas crianças não eram permitidas na UTI. Entretanto, Karen decidiu: ela levaria Michael ao hospital de qualquer jeito. Ele ainda não tinha visto a irmã e, se não fosse hoje, talvez não a visse viva.
Vestiu Michael com uma roupa um pouco maior, para disfarçar a idade, e rumou para o hospital.
A enfermeira não permitiu que ele entrasse e exigiu que ela o retirasse dali. Mas Karen insistiu: "Ele não irá embora até que veja a sua irmãzinha!" Ela levou Micael até à incubadora. Ele olhou para aquela trouxinha de gente que perdia a batalha pela vida. Depois de alguns segundos a olhar, ele começou a cantar, com sua voz pequenininha: "Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro..." Nesse momento, a bebé pareceu reagir.
A pulsação começou a baixar e se estabilizou. Karen encorajou Micael a continuar cantando.
"Você não sabe, querida, quanto eu te amo. Por favor, não leve o meu sol embora..." Enquanto Micael cantava, a respiração difícil da bebé foi-se tornando suave.
"Continue, querido!", pediu Karen, emocionada.
"Outra noite, querida, eu sonhei que você estava em meus braços... "A bebé começou a relaxar. "Cante mais um pouco, Michael." A enfermeira começou a chorar.
"Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro... Por favor, não leve o meu sol embora...
"No dia seguinte, a irmã de Michael já tinha se recuperado e em poucos dias foi para casa.
O Woman's Day Magazine chamou essa história de "O milagre da canção de um irmão". Os médicos chamaram simplesmente de milagre.
Karen chamou de milagre do amor de Deus.
Deus é grande! - dizia.

5.2.06

Casamento homossexual

Sim ou não?


Com o comentário de Godmundo a um post de Jardim de Luz aprendi alguma coisa e por isso o transcrevo aqui quase na íntegra. Espero que o autor não me leve a mal.

«E a pergunta veio por causa do comentário da Caríssimos: é que o casamento civil, sem que eu consiga perceber como, foi promovido pelos próprios católicos a uma espécie de duplo do casamento/matrimónio. Isto é, na minha opinião, uma armadilha muito séria. Ele nasceu quando começou a haver, na "classe alta" do século XIX, situações como a do Principe Carlos e da Camilla. As "conveniências sociais" exigiam um casamento, e, olha! um deles tinha contraído - e descontraído - um matrimónio. Mais nada do que isto.Coincidência engraçada: estou a chegar da Feira da Ladra, onde comprei um livrinho do Padre Mário de Oliveira (então o "padre Mário de Macieira da Lixa", escrito e publicado ainda antes do 25 de Abril. Parei a tomar um café e abri-o. E encontrei uma homilia sobre o "dar-te-ei isto tudo se prostrado me adorares". Dizia ele: cuidado com o Poder, que ainda usa esta linguagem. O que o Poder faz aos cristãos é dizer "leva-me a sério, confia em mim. Diz que as minhas coisas são iguais às tuas coisas. Em troca eu até obrigo toda a gente a respeitar-te. Tudo isto me pertence, vês? Fica tão mais fácil evangelizar". E portanto queria sintetizar o que acho sobre isto tudo:(a) não faço a mais pequena ideia sobre o que pensa deus da homosexualidade. tenho imensa pena. (b) sei o que diz a hierarquia da igreja, ao mais alto nível, e procuro entender a teologia do matrimónio e do amor, sem conseguir (mas deve ser defeito meu). (c) acho o "casamento civil" uma vigarice institucionalizada. Acho que só devia haver uma regulação de alguns efeitos legais de "uniões" (muito poucos) e uma grande protecção da situação das crianças. Mas a "união" em si deve ser feita - e desfeita - pelo simples acto de fazer a mala. Acho mais que há coisas que fazem doer de ridiculas que são (o que é isso de estar no Bilhete de Identidade "estado civil, divorciado"? que insolência é esta?!). Acho que evidentemente a Banca adora a ideia de quem durma comigo fique a responder pelas minhas dividas. E acho outras coisas do mesmo género.(d) acho em particular o argumento último da "procriação" como "fim da familia a ser protegido pelo Estado" um argumento perigosissimo, proque é ainda mais fascista do que os outros. Quero do Estado absoluta distância disso (quer na versão "crescei e multiplicai-vos" quer na hedionda versão chinesa do "filho único"). Aliás, quero absoluta distância do Estado em tudo. (e) os meus amigos homosexuais e bisexuais têm-me ajudado, ao longo da vida, a aprender a reconhecer os terríveis sintomas da insegurança de identidade masculina (recomendo a todos que vejam o assombroso filme "Beleza Americana"). Não gosto muito dos homens (masculino) em geral. São quase sempre demasiado brutos ou demasiado frágeis. O "medo", a "repugnância" e a grosseria para com a homosexualidade escondem, no sótão ou na cave, coisas que só deus sabe. As mulheres não são anjos, mas basta ver a diferença no modo como se tocam e partilham o que são. No dia em que for vulgar ver dois homens ir juntos à casa de banho no meio de uma festa o mundo será um lugar bem mais tranquilo. (f) gostei muito do que disse o zebeirão, so que no plano civil, ou leigo, ou mundano, ou profano, não basta. Porque há policias e prisões e juizes e coisas dessas. Preciso de regras justas, e não apenas de "compreeensão e amor". Embora estas sejam indispensáveis, claro. (g) uf, estou cansado. Desculpa lá se me excedi. Aliás, desculpem todos. No fundo, estas discussões mudam-nos mais a todos do que qualquer mudança de lei (embora eu não possa dizer isso com tranquilidade à Lena e à Teresa). Se a lei mudar e nós ficarmos como estamos, será terrível também. E não sei como havemos de ser depois de mudados. Sei é que isto em que estamos não pode continuar.»

2.2.06

Educação

Pedido de um filho

Não tenham medo de serem firmes comigo, prefiro assim. Isto faz com que eu me sinta mais seguro.
Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo o que quero. Só estou a experimentá-los.
Não deixem que eu adquira maus hábitos. Dependo de vós para saber o que é certo ou errado.
Não me corrijam com raiva e nem na presença de estranhos. Aprenderei muito mais se falarem com calma e em particular.
Não me protejam das consequên­cias dos meus erros. Às vezes, eu pre­firo aprender pelo caminho mais ás­pero.
Não levem muito as sério as minhas dores, necessito delas para obter a atenção que desejo.
Não sejam irritantes ao corrigir-me, se assim o fizerem, eu po­derei fazer o contrário do que me pedem.
Não me façam promessas que não poderão cumprir depois. Isto deixar-me-á profundamente desapontado e tentado a dizer men­tiras.
Não desconversem quando faço perguntas, senão irei procurar na rua as respostas que não encontro em casa.
Não se mostrem para mim como pessoas perfeitas e infalíveis. Ficarei extremamente chocado quando descobrir algum erro vosso. Não digam que os meus temores são tontarias, mas sim, aju­dem-me a compreendê-los.
Não digam que não me conseguem controlar. Eu julgarei que sou mais forte.
Não vivam apontando-me os defeitos das pessoas que me cer­cam. Isto criará em mim desde cedo um espirito intolerante.
Não desistam de me ensinar o bem, mesmo que pareça que eu não aprendo.
Não me tratem como uma pessoa sem personalidade. Tenho o meu próprio modo de ser. Mas preciso quem me ajude a corrigir.
Se eu errar corrijam-me. Mas, sempre que senti­rem que mereço, façam-me sentir o vosso apreço.
Autor desconhecido