Três diferentes estudos confirmam que um gene que funciona suprimindo tumores também desempenha um papel fundamental no envelhecimento. Os pesquisadores descobriram um aumento da expressão do gene p16INK4a em células mais velhas, que funcionavam pior que outras, mais novas, e "lembravam" a idade mesmo quando transplantadas para organismos jovens. Além disso, células de ratos criados sem o gene demonstraram menor perda de eficiência enquanto os animais envelheciam, funcionando de modo semelhante às células de ratos jovens.
Equipas das faculdades de Medicina das universidades de Carolina do Norte, Michigan e Harvard observaram resultados similares em células do pâncreas e células-tronco do sangue e do cérebro. A descoberta mostra que tipos diferentes de célula têm um sistema comum de envelhecimento, e sugere que doenças ligadas ao envelhecimento podem resultar de uma falha no crescimento celular, diz o médico Norman E. Sharpless, co-autor dos três trabalhos.
"Os estudos indicam que certas células-tronco perdem a capacidade de dividir e substituir-se com a idade, conforme a expressão do p16INK4a aumenta", disse Sharpless. Os três estudos serão publicados pela revista científica Nature. Sharpless adverte que qualquer novo tratamento para o envelhecimento baseado na manipulação do p16INK4a deveria seguir dois importantes alertas: "Primeiro, mesmo com os ratos sem p16INK4a tendo demonstrado maior função de células-tronco, eles não viveram mais. Isso porque o gene é importante para evitar o cancro, e os ratos sem ele tiveram mais tumores que ratos velhos normais". A segunda advertência é de que a perda do p16INK4a gerou melhora em alguns, mas não todos, os sintomas do envelhecimento. "Há mais coisas que contribuem para a velhice. Não sabemos, ainda, o que são", disse o cientista.
3 comentários:
Isto da velhice devia acabar.
Vi e gostei.
Isto é um pouco como os medicamentos fazem bem a algumas coisas e prejudicam outras...
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