6.11.05

Educação

Violência escolar

Li algures e recortei. A violência infantil e juvenil que se tem verificado em França, nos últimos tempos, trouxe-mo à memória. Por isso aqui deixo este artigo.

«Nos últimos anos, o tema da violência tem sido abordado inúmeras vezes pela comunicação social. E todos decerto já falámos contra isso. Acontece que não chega denunciar. É preciso arrepiar caminho na educação dos mais novos.Foi já há perto de 20 anos mas o episódio não me saiu mais da memória. Uma rádio entrevistava crianças vítimas de violência na família. E uma delas responde à pergunta da entrevistadora que, quando fosse grande, queria ter uma mulher e filhos como o pai.– Para quê? – indaga a jornalista.– Para lhes bater à vontade.As palavras da criança chocaram-me imenso. E lembro-me delas quando leio alguma coisa a respeito de violência de ou com crianças.O título dum jornal diário de há dias era o seguinte:«Violência à solta nas aulas. Vítimas aos 11 anos, agressores aos 13 e armados aos 15»Segundo dados da PSP, através do programa Escola Segura, nos últimos dois anos as agressões aumentaram 5,2%. É o segundo crime mais importante, a seguir aos furtos. As agressões registam-se geralmente entre os próprios alunos e raramente entre aluno e professor.As escolas mais problemáticas são as da periferia das cidades, onde os alunos são oriundos de ambientes sócio-económicos mais desfavorecidos. As vítimas e agressores são predominantemente crianças de extractos sociais pobres e de famílias desestruturadas ou onde não há ambiente de amor. A exemplo da criança que referi.Também aqui se vê que onde não há famílias com bom ambiente isso se reflecte na própria escola. Não entendo, pois, que se possa considerar a família como algo reaccionário e ultrapassado, como fazem alguns intelectuais e «progressistas». «Deus, pátria e família» para estes nunca deveriam existir. Mas quem os poderia substituir?»

1 comentário:

Anónimo disse...

Lembro-me perfeitamente desse período. Foi no tempo em que ser professor era uma profissão desgastante e nessa altura alguns enfrentavam verdadeiros arruaceiros, eram agredidos, enxovalhados e ainda haviam professores em tratamento psiquiátrico.
Era os tempos dos professores vitimas. Hoje são os professores vitimadores. Que mudou entretanto? Os professores são os mesmos os alunos uns saíram outros ainda por lá andam.
O que mudou mesmo, foi o imbecil do 1º ministro porque o povo é o mesmo. Sempre disposto a aceitar o embuste.