25.1.06

Um direito humano

O direito ao crédito

"Colocar o "direito ao crédito" na carta fundamental dos direitos do Homem é o próximo desafio de Muhamad Yunus, o criador do minicrédito.
Impossível? Talvez não. Para quem acredita há 30 anos que "é possível transformar utopias em realidade", nada é impossível.
Afinal quando, em 1997, o "pai" do microcrédito conseguiu impor nos objectivos do milénio a meta de passar de 7,5 milhões de beneficiários do microcrédito para os 100 milhões até 2005, muito poucos, para além dele próprio, acreditavam.
"Oito anos passados não só atingimos essa meta como julgo que a teremos mesmo ultrapassado, com um terço a sair da pobreza", disse, pleno de satisfação, o fundador bengali do Grameen Bank, falando para uma plateia de responsáveis governamentais e instituições de solidariedade nacionais, que despertam para a potencialidade do microcrédito.
Porquê lutar pelo direito ao crédito? "O meu argumento é o seguinte: não adianta consagrar o direito à saúde, ao trabalho, à educação, tudo óptimas ideias, se todos sabemos que os Estados não têm dinheiro suficiente para fazer cumprir todos esses direitos. O que é importante, o direito fundamental, deve ser capacitar os indivíduos com os meios que lhes permitam ser autónomos, criando o seu próprio emprego".
E para quem não perceba, Yunus relembra que todos os homens nascem com a mesmas ferramentas, a mesma criatividade.
"Os pobres são apenas pessoas a quem tiraram o direito a ter espaço para se desenvolver. Tal como as árvores se forem colocadas em vasos pequenos sem espaço para crescer nunca ultrapassam um determinado tamanho".
O microcrédito, diz, é o espaço para crescerem.
Dos jornais

1 comentário:

Anónimo disse...

Minicrédito! Que é isso?